21 de março de 2011

IPHAN, Cinemateca Catarinense e SINTRACINE promovem lançamento do livro Cineclube, Cinema & Educação

 Três temas amplos que sempre estiveram juntos na formação de cineastas, na construção do imaginário, da identidade e da cultura brasileira, agora estão reunidos em livro. Cineclube, Cinema e Educação, organizado por Giovanni Alves e Felipe Macedo e publicado pela Editora Práxis, será lançado na quinta-feira, dia 24 de março, às 20h, na Cinemateca Catarinense, em Florianópolis.
Durante o lançamento serão exibidos os documentários Alfaiates de Marília, de Giovanni Alves e Rodrigo Gobbi, e Diálogos: o que é cineclube?, do coletivo Pão com Ovo (RS). Giovanni, que também é um dos autores do livro estará presente para conversar com o público os filmes e sobre a publicação, indicada principalmente para cineclubistas, profissionais do audiovisual, e interessados em cultura e educação. Haverá um debate sobre o tema do livro com mediação de Giovanni.
Com 23 artigos, o livro discute a democratização da produção e do acesso ao cinema como instrumentos de memória, cidadania e patrimônio cultural. A publicação surgiu a partir dos debates entre cineclubistas na internet e narra experiências e reflexões que formam uma ferramenta para trabalhar a idéia e a prática do audiovisual na educação formal, informal, e sobretudo criadora, transformadora.
Cineclube, Cinema e Educação traz artigos de Antonio Claudino de Jesus e Sáskia Sá, Flavio de Souza Brito, Regina Zauk Leivas, Marialva Monteiro e Regina Machado, Inês de Castro Teixeira, André Piero Gatti, Gabriel Rodríguez Álvarez, Jorge Nóvoa, Diorge Alceno Konrad, Bruno Chapadeiro Ribeiro e João Batista de Andrade, e dos organizadores da publicação.
O lançamento é uma promoção da Cinemateca Catarinese e do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional de Santa Catarina com o apoio do Cineclube Independente, Cineclube Laguna, Cineclube Ieda Beck, Conselho Nacional de Cineclubes Brasileiros (CNC) e Sindicato dos Trabalhadores na Indústria do Audiovisual (Sintracine).


O quê: lançamento do livro Cineclube, Cinema e Educação, organizado por Giovanni Alves e Felipe Macedo.

Quando: quinta-feira (24 de março), às 20h

Onde: Cinemateca Catarinense/Instituto Arco Íris. Travessa Ratclif, 56, Centro, Florianópolis.


Quanto: gratuito


Cineclube, Cinema e Educação, organizado por Giovanni Alves e Felipe Macedo, Editora Práxis, 220 páginas, 2010, R$ 35.

Texto de: FIFO LIMA press | jornalismo cultural
Jeferson Lima
cine-luz.blogspot.com

10 de março de 2011

MPF/SC quer preservar Bosque Schmalz, em Joinville

Bem tombado pelo Iphan em 1965 se encontra em total abandono. MPF quer que a área, que é patrimônio histórico, seja aberta à população
O Ministério Público Federal ingressou com ação civil pública, com pedido de liminar, contra a União, o Estado de Santa Catarina, o Município de Joinville, o Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e os espólios dos herdeiros da área do Bosque Schmalz, em Joinville.

Ajuizada pelo procurador da República Mário Sérgio Ghannagé Barbosa, a ação questiona o estado de quase completa ruína do imóvel de quatro mil metros quadrados, localizado na área central de Joinville. O imóvel além de não receber a manutenção adequada, traz riscos à saúde dos moradores locais, pois o mato é criadouro de animais peçonhentos e mosquitos; a falta de corte das árvores pode causar problemas com a rede de iluminação pública; além de ter ocorrido desmatamento de parte da área preservada sem a prévia autorização do Iphan.

Enfim, conforme o procurador, é total o descaso com o imóvel, "principalmente dos entes públicos e suas autarquias que são comumente responsáveis pela preservação e vigilância do patrimônio histórico em tela".

A ação requer que os herdeiros elaborem e executem um projeto de preservação do imóvel. O projeto deverá ser elaborado pela equipe técnica do Fundema e da Prefeitura Municipal de Joinville, com recomendações feitas pelo Iphan em seu relatório de análise técnica. Outro pedido é que se adote medidas necessárias para assegurar a vigilância do imóvel e impedir o acesso de terceiros não autorizados, o que coloca em risco o patrimônio histórico, cultural e ambiental.

Conforme o MPF, caso os representantes do espólio demonstrem não ter condições financeiras de preservar o bem tombado, os demais demandados, os entes públicos, é que deverão cumprir as obrigações.

Tombamento e descaso - O "Bosque Schmalz", foi tombado em 1965 como área de preservação ambiental. O tombamento do imóvel foi feito à pedido do falecido proprietário do imóvel, Adalberto Schmalz, com apoio da Prefeitura Municipal de Joinville.

O principal interesse de Schmalz, reconhecido na região como renomado orquidófilo e admirador da natureza, era o de preservar a propriedade e a mata nativa do local. Após cinco anos do tombamento do imóvel, Schmalz faleceu, e, desde então, o imóvel está abandonado e sem cuidados.

Em fevereiro de 2008, os peritos do MPF estiveram no local e informaram que a falta de manutenção na área é visível pela presença de entulho, restos de poda e corte de árvores sadias nas proximidades dos terrenos vizinhos, o que compromete o paisagismo do parque. Ou seja, o estudo pericial concluiu que desde o tombamento do imóvel até a presente data, não houve nenhum tipo de manutenção do imóvel, evidenciando o descaso.

Em março daquele ano, o MPF encaminhou recomendação ao Iphan, à Fundação Catarinense de Cultura (FCC) e à Fundação Cultural de Joinville (FCJ), para que elaborassem e executassem, em conjunto, um plano de intervenção sobre a área tombada. Porém, até agora as ações ficaram restritas a tentativas, sem que nada de concreto tenha sido feito.

Entre as discussões houve a ideia de que o Fundema, com o auxílio de outras instituições, pudesse tornar o bosque num local público e aberto à visitação, desde que houvesse controle no local. Outra proposta a ser estudada pela Prefeitura Municipal de Joinville, era a de aquisição do local, descontados os IPTU'S em atraso das herdeiras do imóvel, para que se iniciasse o processo de recuperação do bosque.

Para Mário, apesar do estado de deplorável abandono e iminente ruína, o local é um verdadeiro resquício de mata atlântica, com espécies de plantas exóticas e algumas em extinção. "O valor cultural e histórico deste imóvel é de grande importância", afirma o procurador.

Fonte: Site do Ministério Público Federal

4 de março de 2011

Notificação de tombamento de edificações do Projeto Roteiros Nacionais de Imigração

Foi publicada no Diário Oficial da União (ver aqui), no último dia 07 de fevereiro, a notificação A RESPEITO DO TOMBAMENTO DOS BENS REPRESENTATIVOS DO PROCESSO DA IMIGRAÇÃO NO BRASIL, no ESTADO DE SANTA CATARINA. Estas notificações fazem parte da segunda etapa de tombamentos realizados no âmbito do Processo de tombamento n.º 1.548-T-07. Os bens representativos do processo de Imigração em Santa Catarina, abaixo relacionados, passam a gozar de proteção por meio do IPHAN, para os efeitos previstos notadamente nos arts. 17 e 18 do Decreto-Lei n.º 25, de 30 de novembro de 1937, em razão dos seus elevados valores histórico, artístico e paisagístico, a serem inscritos nos Livros do Tombo Histórico; de Belas Artes e/ou Arqueológico, Etnográfico e Paisagístico.

Deve-se ressaltar a necessidade, a partir de agora, de manifestação da Superintendência Estadual do IPHAN no Estado de Santa Catarina, situada na Praça Getúlio Vargas, 268 - Centro, Telefone: (48) 3223-0883, CEP: 88.020-030, Florianópolis-SC, para os processos de licenciamento envolvendo tanto os bens tombados como aquele(s) situado(s) em sua área de entorno.

AMPARO LEGAL: Art. 216, inciso V, da Constituição da República Federativa do Brasil, de 05 de outubro de 1988; Decreto-Lei n.º 25, de 30 de novembro de 1937; Portaria n.º 11, de 11 de setembro de 1986; Lei n.º 6.292, de 15 de dezembro de 1975; Lei n.º 8.029, de 12 de abril de 1990; Lei n. º 8.113, de 12 de dezembro de 1990; Decreto n.º 6.844, de 7 de maio de 2009; Lei n.º 9.784, de 29 de janeiro de 1999.


Bens dos Roteiros Nacionais de Imigração notificados na segunda etapa de tombamentos:

Igreja da Liberdade e Cemitério anexo- Benedito Novo
Antiga Escola nº1 Histórico-  Blumenau
Casa Hoerning, Alcides- Blumenau
Beneficência Misericórdia (maternidade)- Blumenau
Casa Hein, Hary ( Tangerina)- Blumenau
Casa Ulrich, Helmut - Guabiruba
Casa de Pedra da Família Bratti - Nova Veneza
Casa Siewert, Wendelin - Pomerode
Casa Schlagenhaufer - São Bento do Sul
Casa Struck, Waldemiro - São Bento do Sul
Casa Neumann Histórico - São Bento do Sul
Casa Eichendorf, Edeltraud - São Bento do Sul
Casa Ewald - Timbó

3 de março de 2011

Padronização de documentação referente aos processos de pesquisa arqueológica

Diante da demanda do setor de arqueologia por uma padronização nos procedimentos e apresentação de  documentações adequadas envolvendo as pesquisas arqueológicas, apresentamos uma proposta para o regular cumprimento das normas concernentes ao licenciamento ambiental de empreendimentos potencialmente lesivos ao Patrimônio Arqueológico Nacional no Estado de Santa Catarina.
O documento pode ser acessado no menu Downloads à direita do blog ou clicando aqui.

Casas de Pedra tornaram-se Patrimônio Nacional

Casas de Pedra da Família Bratti - Acervo IPHAN/ foto: Tempo Editorial


O imigrante Luigi Bratti nos idos de 1891 levou 14 anos para construir as casas-de-pedra que ficam numa parte alta de Nova Veneza com muito verde e num local privilegiado Estas casas tornaram-se patrimônio histórico estadual, foram tombadas, e restauradas em 2002 através da Lei Número 5725 de 30 de setembro de 2002.


Recentemente os proprietários receberam a notificação do IPHAN  que o conjunto das três casas-de-pedra também é patrimônio histórico nacional. Atualmente o sítio das casas-de-pedra recebe muitas visitas mas a infraestrutura ainda não é a ideal. Um dos proprietários, Tito Bortolotto está construindo um hotel na entrada da cidade, há 800 metros das casas e quer aproveitá-las como atração turística para seu empreendimento.


A Prefeitura de Nova Veneza  também demonstrou interesse em dar apoio para que o local possa contar com melhor infraestrutura para acomodar o turista. Um projeto está sendo elaborado para a busca de recursos junto às entidades culturais em Brasília, será concluído em breve e levado em mãos pelo proprietário Tito Bortolotto.


Quando os imigrantes chegaram na região se depararam com a floresta e muita pedra, foi quando Luigi aproveitou a matéria-prima abundante para edificar sua moradia que contava com uma cozinha e adega, outra era o dormitório e um estábulo. Estas três casas formam um conjunto de casa-de-pedra classificados como “excepcional” pelo IPHAN. Não há na América Latina um conjuntos de casas como estas e no mundo são rararíssimas.


Matéria original publicada no Portal Nova Veneza