27 de abril de 2011

IPHAN-SC atua na ampliação da compreensão sobre Patrimônio Cultural

Evento: Palestra Patrimônio e Memória
Data: 04/05/2011
Local: Auditório da Casa da Cultura de Criciúma
Horário: 18:30hs

Panorama Arqueológico de Santa Catarina

Editora da Unisul lança obra com mapa indicando todos os sítios arqueológicos do Estado e que propõe uma nova nomenclatura padronizada para o setor.

 “Panorama Arqueológico de Santa Catarina” é o livro que a Editora Unisul lança nesta quinta-feira, dia 28. De autoria dos arqueólogos Deisi Scunderlick Eloy de Farias e Andreas Kneip, a obra lista todos os 2.073 sítios já identificados no Estado.

O trabalho de fôlego, com 306 páginas em tamanho grande, resulta na primeira catalogação sistemática de todos os sítios arqueológicos conhecidos em Santa Catarina, fornecendo assim um importante panorama do que se conhece até hoje da ocupação anterior do Estado de Santa Catarina. Para as escolas, pode ser uma importante fonte de referências. Para arqueólogos e historiadores de todo o país, uma rica base de pesquisas.
“Consideramos que essa obra contribuirá para pesquisadores, empresários e poder público terem uma visão geral de Santa Catarina na perspectiva arqueológica, podendo, com isso, estabelecer planos e estratégias de pesquisa e, também, gestão do patrimônio arqueológico estadual”, observa a Deisi, professora da Universidade do Sul de Santa Catarina (Unisul), onde também coordena o Grupo de Pesquisa em Educação Patrimonial e Arqueologia (GRUPEP), uma das mais atuantes equipes na área.
Andreas Kneip, o outro autor do livro, professor da Universidade Federal do Tocantins, acrescenta: “O mapa aponta para áreas de grande concentração de determinados vestígios relacionados a culturas distintas em diversos municípios catarinenses. Isso dá visibilidade à diversidade étnica e cultural que havia no período pré-colonial e serve de subsídios para diversas pesquisas que podem ser desenvolvidas”.

No mapa, encartado no livro, são marcados todos os locais em que há vestígios significativos de ocupações anteriores, e que portanto são considerados sítios arqueológicos. Cada um deles é identificado de acordo com seu tipo – se sambaqui, tupiguarani ou de outra tradição e etnia.

No texto, esses 2.073 sítios arqueológicos são resgatados e registrados, cada qual com uma breve descrição. A listagem é feita por município, com a localização geográfica exata e os principais dados disponíveis sobre eles.

Para produzir a obra, os autores não se limitaram apenas às suas próprias pesquisas, mas levantaram a biografia existente para resgatar trabalhos já realizados por outros pesquisadores, assim como resgataram todas as informações constantes de relatos do IPHAN, Cadastro Nacional de Sítios Arqueológicos do Ministério da Cultura, os repositórios normais dos resultados de pesquisas efetuadas por arqueólogos.

Para dar cabo dessa tarefa, de fazer um registro único e uniforme de todos os sítios arqueológicos, os autores tiveram que padronizar as informações e a forma de registro de cada um deles. Assim, também propõe uma nova sistemática de padronização nos registros, o que não existe até hoje e muitas vezes dificulta o trabalho de arqueólogos que se debruçam sobre pesquisas já realizadas.

Segundo Deisi, “essa proposta de sistematização foi pensada para ser utilizada principalmente pelo IPHAN, o órgão fiscalizador que regulamenta as pesquisas arqueológicas no país. Facilita a identificação do local, pois segue as normas do IBGE”.

Lançamento
28/04 - quinta-feira
Horário: 19horas
Local: salão Nobre – Tubarão

Fonte: Unisul Hoje

8 de abril de 2011

Ponte Hercilio Luz


Muitas notícias sobre as obras na Ponte Hercílio Luz têm sido veiculadas ultimamente em todos os meios de comunicação da Grande Florianópolis, alguns com alcance Nacional. Até esse ponto nada fora do normal, dada sua importância e o alcance da projeção da sua imagem.

O que nos deixa perplexos é a quantidade de comentários que exprimem opiniões como: demolição, desmontagem, implosão e ruína.

Afinal, como ter orgulho de uma ponte que não funciona?

Para a nova geração a ponte não passa de um cartão postal, uma moldura iluminada, uma plataforma de onde se soltam fogos de artifício nas festas de ano novo.

Pode ser difícil se orgulhar da ponte hoje, principalmente para as pessoas com menos de 30 anos. A memória dos valores da Ponte já está difusa entre a falta de credibilidade da política atual e os feitos visionários de seu idealizador, o governador Hercílio Pedro da Luz, e dos engenheiros Holton D. Robinson e David Bernard Steinman, responsáveis pelo projeto e execução da Ponte.

Muitas são as dificuldades do Estado: saúde, educação, segurança, infra-estrutura...

O governo, que representa o povo, deve fazer o que é melhor para a população. Mas a população está esquecendo os valores da Ponte...

E assim a ponte se tornará um monumento à falta de mobilidade para os cidadãos.

Vamos, então, aterrar as baías para acabar de vez com o problema das pontes?

Vale a pena recuperar a Ponte Hercílio Luz?

Respondemos citando Fernando Pessoa: “Tudo vale a pena se a alma não é pequena”

Mas e quanto à obra em execução?

Recursos foram despendidos para elaboração do projeto de reabilitação da Ponte pelo DNIT, desconsiderá-lo já seria um grande desperdício.

A obra foi iniciada, de acordo com o projeto do DNIT. A primeira etapa foi executada e recursos foram gastos em quatro anos de obra, ignorá-los seria um enorme prejuízo.

A etapa principal da obra foi contratada, compromissos foram assumidos, planejamentos e ajustes elaborados, a obra já iniciou e está em execução. Mudar o escopo do projeto nesta altura não nos parece ser a melhor solução. 

Paralisar, ou mesmo “retardar” a obra é um desrespeito ao Patrimônio Nacional, tanto histórico quanto financeiro.

4 de abril de 2011

Assinatura dos Acordos para a Preservação do Patrimônio Cultural - Florianópolis, Itaiópolis, Joinville, Laguna e São Francisco do Sul

O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN, o Governo do Estado de Santa Catarina e as Prefeituras Municipais de Florianópolis, Itaiópolis, Joinville, Laguna e São Francisco do Sul, assinarão no dia 8 de abril de 2011, o Acordo de Preservação do Patrimônio Cultural – APPC. A cerimônia, a ser realizada no Escritório Técnico do IPHAN em Laguna (Praça Vidal Ramos n°118), às 10h, confirmará a adesão dos cinco municípios no PAC Cidades Históricas.

Faz parte do APPC um Plano de Ação para cada cidade, a ser implementado até 2013. As ações começaram a ser planejadas no segundo semestre de 2009, em uma articulação integrando os agentes governamentais e a sociedade civil. O Plano de Ação é um instrumento para enfrentar questões estruturantes das cidades por meio de um planejamento integrado que estabeleça ações para o desenvolvimento social que estejam vinculadas às potencialidades do seu Patrimônio Cultural. Essa proposta reforça a estratégia do Iphan de buscar a convergência e a integração entre as políticas públicas nas três esferas de governo, para a gestão compartilhada do patrimônio cultural com a sociedade, ampliando as ações de proteção do patrimônio em todo o país, consolidando novas formas de desenvolvimento por meio da valorização do patrimônio cultural.

As ações previstas no PAC Cidades Históricas dos municípios signatários de Santa Catarina buscam a reabilitação urbana, a melhoria da qualidade de vida e o fortalecimento da gestão do município. Neste sentido, estão previstas ações que abrangem a formação de técnicos, o desenvolvimento e aplicação de instrumentos de gestão integrada, a recuperação, valorização e promoção do uso do patrimônio cultural, o desenvolvimento da infraestrutura urbana e social, a recuperação e promoção de usos de imóveis privados, o fomento às atividades produtivas locais e a difusão e promoção do patrimônio cultural.

Para viabilizar a execução de parte dessas ações, já foram celebrados convênios entre o IPHAN e as prefeituras de Florianópolis e Itaiópolis, que somam R$ 862.424,97. Com esse recurso, Florianópolis contratará projetos de restauração para o Museu Filatélico dos Correios, Teatro Armação, Sede Cultural da UFSC e Sede do Círculo Ítalo-Brasileiro, todos localizados no Setor Leste da Praça XV de Novembro. Já Itaiópolis contratará o Projeto de Requalificação urbana do núcleo histórico do Alto Paraguaçu; o Plano Viário para as áreas históricas, o Projeto de Sinalização Turística e projetos de restauração para 14 edificações. A idéia é que em 2011 sejam contempladas ações dos demais municípios.

Cineclube Laguna - Ciclo: Cultura Brasileira no Cinema


Fruto da parceria da SAV (Secretaria de Audiovisual) com o  IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) para implantar salas de cinema digital em patrimônios nacionais, sítios históricos e/ou bens isolados, atendendo os objetivos dos editais do Programa Mais Cultura: favorecer o encontro e a integração do público brasileiro com a produção audiovisual do nosso país.
Além de contribuir para a formação de platéias e o fomento do pensamento crítico, tendo como principal base obras audiovisuais brasileiras, o Cine Mais Cultura inaugura o Circuito Brasil, primeiro banco de dados habilitado a contabilizar o público do circuito não-comercial do país, capaz de emitir relatórios por filme, por unidade da federação, entre outros recortes.

Em abril, o Cineclube Laguna apresenta o Ciclo Cultura Brasileira no Cinema. Os filmes brasileiros são estruturados na literatura, nos personagens históricos e, principalmente, nos saberes e fazeres do povo brasileiro. Revelamo-nos por meio de nossas manifestações culturais e o cinema é uma delas... Assim, propomos para este mês:

dia 06 Noite de curtas metragens que apresentam obras de grandes mestres da literatura brasileira. Trabalhos díspares que demonstram possibilidades múltiplas da adaptação literário-cinematográfica.

 

 

 

  

  • A João Guimarães Rosa de Marcelo G. Tassara - SP, 1968, Animação, PB, 9 min.

  • A Moça que Dançou Depois de Morta de Ítalo Cajueiro - DF, 2003, Animação, Colorido, 11 min.

  • Biografia do Tempo de Joana Oliveira e Marcos Pimentel - RJ, 2004, Documentário, Colorido, 8 min.

  • Françoise de Rafael Conde - MG, 2001, Ficção, Colorido, 22 min.

  • Imensidade de Amilcar Monteiro Claro - SP, 2003, Ficção, Colorido, 15 min.

  • Meu Nome é Paulo LeminsKi de Cezar Migliorin RJ, 2004, Experimental, PB, 5 min.

  • Transubstancial de Torquato Joel - PB, 2003, Ficção, Colorido, 17 min.

* recomendação 16 anos
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dia 13 Inspirado na história de Miguilim, da novela "Campo Geral" (Manuelzão e Miguilim), de João Guimarães Rosa (1908 – 1967). Filmado nas chapadas de Minas Gerais, sertão mineiro, região de poucas estradas e lugares ainda sem energia elétrica. Mutum quer dizer mudo. É uma ave negra que só canta à noite. E é também o nome de um lugar isolado no sertão de Minas Gerais, onde vivem Thiago, de dez anos, um menino diferente dos outros, e sua família. Através do seu olhar enxergaremos o mundo nebuloso dos adultos, com traições, violências e silêncios. Ao lado de Felipe, seu irmão e único amigo, Thiago será confrontado com este mundo, descobrindo-o ao mesmo tempo em que terá de aprender a deixá-lo.

 

  • Mutum de Sandra Kogut – BR, 2007, Ficção, Colorido, 95 min

* recomendação livre

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dia 20 Comédia que conta parte da história da monarquia portuguesa, e elevação do Brasil, de colônia do império ultramarino português, a reino unido com Portugal. A morte do rei de Portugal D. José I de Bragança, em 1777, e a declaração de insanidade da filha herdeira do precedente, a rainha D. Maria I, em 1792, levam seu filho, príncipe D. João de Bragança e sua esposa, a infanta espanhola Carlota Joaquina de Bourbon, ao trono real português. Para escapar das tropas napoleônicas que invadiam Portugal, a corte portuguesa e o casal transferem-se para o Rio de Janeiro, onde vivem exilados por 13 anos e aí se desenrolam as peripécias de Carlota.

 

 

 

  • Carlota Joaquina: princesa do Brasil de Carla Camurati – BR, 1995, Ficção, Colorido, 100min

* recomendação livre
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dia 27 Guiados pela paixão, os personagens de Amarelo Manga vão penetrando num universo feito de armadilhas e vinganças, de desejos irrealizáveis, da busca incessante da felicidade. O universo aqui é o da vida-satélite e dos tipos que giram em torno de órbitas próprias, colorindo a vida de um amarelo hepático e pulsante. Não o amarelo do ouro, do brilho e das riquezas, mas o amarelo do embaçamento do dia-a-dia e do envelhecimento das coisas postas. Um amarelo-manga, farto.

 

 

  • AMARELO MANGA de Cláudio Assis – RE, 2003, Ficção, Colorido, 2003

* recomendação 18 anos



Mais informações sobre os filmes:


Cineclube Laguna toda quarta-feira –  19h30min – entrada gratuita
Local: Praça Vidal Ramos, 118
Centro Histórico – Laguna/SC
Fone (48) 3644-1144